Geografia: as três Revoluções Industriais
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Geografia: as três Revoluções Industriais


Ao longo do tempo, o processo de transformação da matéria-prima se modificou. Tudo começou com o artesanato - praticado até hoje - no qual o artesão realizava sozinho todas as etapas da criação do produto com o auxílio de ferramentas rudimentares.
O artesanato visa a subsistência do artista através da produção de poucos bens de boa qualidade.
Já a manufatura consistia no agrupamento de máquinas simples em um galpão, no qual as pessoas trabalhavam em péssimas condições. Nessa época, teve início a especialização (ato de aperfeiçoar as habilidades de uma pessoa em determinadas fases da produção).

No século 18, teve início, na Inglaterra, a 1ª Revolução Industrial, na qual houve desenvolvimento dos meios de transporte e das cidades, invenção da máquina a vapor (e sua aplicação na indústria, o que acelerou a produção), uso do carvão como fonte de energia e o surgimento da maquinofatura.
Os símbolos da 1ª Revolução industrial são a indústria têxtil, a máquina a vapor e as ferrovias.
A maquinofatura era caracterizada pela produção em larga escala, necessidade de mão de obra pouco qualificada, extensa jornada de trabalho, alienação do trabalhador e divisão internacional do trabalho (os países subdesenvolvidos forneciam matéria-prima para os desenvolvidos e compravam os produtos industrializados que eles produziam).

Durante a 2ª Revolução Industrial, no século 19, houve altos índices de produção e consumo (graças ao marketing e ao crédito no mercado), melhoria dos transportes, surgimento do imperialismo, criação de leis trabalhistas, surgimento de multinacionais e o uso de petróleo, gás e eletricidade como fontes de energia. Os símbolos dessa revolução são a petroquímica e a automobilística.

As máquinas industriais substituíram a força e a habilidade manual do trabalhador que, por sua vez, deixou de realizar todo o processo de produção (especialização). Nessa época, surgiram modelos de administração como o Taylorismo (que sugere a fragmentação do processo produtivo, gerando mais lucro em menos tempo) e o Fordismo (ideias do Taylorismo somadas ao uso da esteira).
Durante a 2ª Revolução Industrial, foram usadas linhas de montagem, que agilizavam a produção e aumentavam os lucros.
A 3ª Revolução Industrial, na qual vivemos atualmente, é também chamada de Revolução Técnico-científica, pois, durante ela, acontecem descobertas científicas e o conhecimento obtido é aplicado na produção. Nessa época, há melhorias nos transportes, uso de fontes de energia alternativa, intensa fragmentação do processo produtivo, surgimento de multinacionais (têm sedes, geralmente localizadas em países desenvolvidos) e transnacionais (não têm sedes), modernização do campo, surgimento de tecnopolos (regiões onde empresas que exigem mão de obra qualificada se concentram visando a produção de conhecimento), criação do Toyotismo (modelo administrativo baseado no sistema kanban, que sugere que a produção seja feita com qualidade e sem desperdícios) e a globalização.

Revolução Técnico-científica não ocorre do mesmo modo e ao mesmo tempo em todo o mundo, já que o grau de desenvolvimento tecnológico e os investimentos em pesquisa variam.

As multinacionais e transnacionais se instalam em locais que oferecem boas condições para elas, como energia abundante e barata, transporte para escoar a produção, isenções fiscais e legislações ambientais fracas.

Nessa época, o conhecimento passa a ser valorizado. Além da mão de obra ter que ser qualificada, as máquinas atuais automatizam a produção, gerando o desemprego. Há a uniformização e redefinição de hábitos e valores (ouvir músicas internacionais, comer fast-food, etc.). O marketing passa a exercer forte apelo emocional no consumidor e o neuromarketing ganha força, visando sensibilizar o cliente e fazê-lo comprar, o que gera o consumismo.



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