John Maynard Keynes: Um modelo contra crise
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John Maynard Keynes: Um modelo contra crise


Jonh Maynard Keynes, um importante economista que ajudou a estabelecer um modelo contra a "Grande Depressão" que afetou o mundo em 1929.

Introdução:John Maynard Keynes nasceu em Cambridge em 5 de junho de 1.883, ano da morte de Karl Marx. Filho da elite intelectual britânica, Keynes é tido por muitos como o economista mais influente do século XX. Sua vida é marcada por desempenho excepcional em inúmeras áreas da atividade humana, teve destacado papel em negociações internacionais como representante do governo inglês: primeiro, no tratado de Paz em Versalhes em 1.918, e segundo, durante a Segunda Guerra Mundial, particularmente no que respeito á reorganização financeira da economia mundial. A doutrina keynesiana é uma teoria econômica que ganhou destaque no início da década de 1930, no momento em que o capitalismo vivia uma de suas mais graves crises. Nesta época, as nações capitalistas geriam o campo econômico com base nas teorias estabelecidas por liberalismo clássico, doutrina econômica onde se defendia a idéia de que o desenvolvimento econômico de uma nação estaria atrelado a um princípio de não-intervenção do Estado na economia. De fato, a proposta keynesiana tem como ponto fundamental revisar as teorias liberais lançadas pelo teórico Adam Smith, principalmente, no que se refere às novas configurações assumidas pela economia capitalista. O principal responsável por tal exercício de revisão do liberalismo foi o economista britânico John Maynard Keynes.

Crise de 29:No final da década de 1920 a economia europeia posteriormente se restabeleceu e passou a importar cada vez menos dos Estados Unidos. Reconstruídas, as nações europeias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos. Com a retração do consumo na Europa, as industrias norte-americanas não tinham mais para quem vender. Havia mais mercadorias que consumidores, ou seja, a oferta era maior que a procura; consequentemente os preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego aumentou. A queda dos lucros, a retração geral da produção industrial e a paralisação do comércio resultaram na queda das ações da bolsa de valores e mais tarde na quebra da bolsa. Portanto, a crise de 1929 foi uma crise de superprodução. Grande parte destas empresas possuía ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanos tinham investimentos nestas ações. Em outubro de 1929, percebendo a desvalorização das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram em poucos dias. Pessoas muito ricas passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores. A crise, também conhecida como ?A Grande Depressão?, foi á maior de toda a historia dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espelhando por quase todos os continentes. Uma proposta para amenizar a crise: Nos anos 30, assume a presidência da república do EUA, Franklyn Delano Roosevelt. Sua principal realização no período da depressão é um plano econômico elaborado de conformidade com John Maynard Keynes, denominado New Deal (Novo Acordo), visando reduzir os efeitos da crise. Keynes alegava que o Estado tinha que intervir na economia através de uma política em que o nível de produção nacional seria determinado pela demanda agregada ou afetiva. Ou seja: a demanda geraria a oferta.
Os estadistas seguiram a teoria de Keynes e a economia se desenvolveu. Muitas das propostas do novo plano expostas a seguir, são adotadas em várias potências afetados:
? O estado assume a responsabilidade de salvar a Nação, regulamentando a sua economia, o New Deal propõe, portanto, o intervencionismo, uma vez que a superprodução originária da crise também se deveu ao liberalismo excessivo do governo norte americano em sua economia;
? Concessão, por parte do Estado, de empréstimos aos falidos, mediante emissões controladas;
? Redução da jornada de trabalho para dar oportunidade a mais pessoas de trabalharem, reduzindo o desemprego;
 ? Ampliação do salário do operariado para ampliar o mercado consumidor interno;
? Aumento dos benefícios da previdência Social, como a criação do seguro-desemprego;
? O Estado promove a geração de empregos públicos nos setores urbanos não produtivos (arborização das cidades, coleta de lixo, restauração de prédios e ruas, etc), uma vez que atividades como a industrial ou agrícola não devem absorver mão-de-obra em razão da superprodução. Estimula-se, assim, o consumo, em aumentar a produção;
? Ampliação da autonomia sindical e de sua capacidade de negociação Partindo desse princípio, a doutrina keynesiana aponta que no momento em que as empresas tendem a investir menos, inicia-se todo um processo de retração econômica que abre portas para o estabelecimento de uma crise.

Dessa maneira, para que essa situação fosse evitada, o keynesianismo defende a necessidade do Estado em buscar formas para se conter o desequilíbrio da economia. Entre outras medidas, os governos deveriam aplicar grandes remessas de capital na realização de investimentos que aquecessem a economia de modo geral. Paralelamente, era de fundamental importância que o governo também concedesse linhas de crédito ao baixo custo, garantido a realização de investimentos do setor privado. Promovendo tais medidas de incentivo, os níveis de emprego aumentariam e consequentemente garantiriam que o mercado consumidor desse sustentação real a toda essa aplicação de recursos. Dessa maneira, o pensamento proposto por Keynes transformava radicalmente o papel do Estado frente à economia, colocando em total descrédito as velhas perspectivas do ?laissez faire? liberal.

 CONCLUSÃO:John Maynard Keynes foi uma figura da economia do século XX; para além do seu papel ativo na economia mundial, as suas ideias influenciaram as políticas económicas de muitos governos desde a Segunda Guerra Mundial até aos dias de hoje.

 Bibliografia:
 ECONOMIA FENIX A FOICE E O MARTELO The Crash of 1929: The Great Depression ? Documentary (Ellen Ford)



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