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Questão Palestina II - O Retorno
Continuando a parte de Questão Palestina (que vai cair). Ele disse que começa na 4ª Guerra Árabe-Israelense, mas como ele deu a 2ª Guerra depois de todas, vou começar pela 2ª, comentar a 3ª (não cái, mas é bom contextualizar) e depois continuo a matéria. A parte de fundamenstalismo, terrorismo, Iraque e China eu posto num outro resumo, senão fica muito grande.
- 2ª Guerra Árabe-Israelense
Quando, no ano de 1956, o presidente egípcio Nasser anunciou a nacionalização do Canal de Suez (construído e controlado por um consórcio entre França e Inglaterra), o clima foi de tensão: todos os sheiks e ricaços que tinham investimentos/ações na companhia Franco-Britânica do Canal de Suez retiraram seus investimentos e a empresa quebrou. França e Inglaterra, pissed off e putôs, apoiados por Israel, atacaram o canal com bombardeiros, naufragaram vários cargueiros e ocuparam o canal. Os soviéticos, aliados do Egito, ameaçaram bombardear Paris e Londres caso o canal não fosse desocupado, o que gerou uma maior tensão entre a OTAN e o Pacto de Varsóvia. Israel retirou as tropas por pressão dos EUA, que não queriam criar mais tensão com a URSS. O Egito então, mesmo que derrotado militarmente, sai como vencedor diplomático, nacionalizando o Canal e extinguindo os resquícios de colonialismo franco-britânico no Oriente. Pouco tempo depois foi criada a Liga Árabe (da qual o Egito era líder).
- 3ª Guerra Árabe-Israelense
Em 1967, para terminar o serviço começado na Guerra de 48, Israel invade e ocupa completamente os territórios de Gaza, Cisjordânia, Golãn (da Síria), península do Sinai (Egito) e Jerusalém Oriental (controle da Jordânia). O ataque foi tão fulminante que, em 6 dias, os 5 territórios ficaram completamente ocupados (Guerra dos 6 dias). Para oficializar e manter a ocupação dos territórios, o governo judeu ordenou a instalação de assentamentos civis em Gaza e na Cisjordânia, além da ocupação militar.
- 4ª Guerra Árabe-Israelense
Sete anos (1973) depois de perderem seus territórios de Golãn e Sinai, Síria e Egito armaram uma ofensiva para recuperá-los no feriado judaico do Yom Kippur, quando haveriam menos soldados nas áreas ocupadas. Inicialmente, Israel não conseguiu reagir à ofensiva e perdeu controle dos territórios mas, com uma contra-ofensiva devastadora, bombardeou os aeroportos sírios e egípcios, retomando rapidamente as áreas perdidas.
Síria e Egito (povos árabes), quando perderam seus territórios em 67, foram chorar na cama porque é lugar quente. Mas em 73 a humilhação foi tanta que eles, aliados aos demais países árabes, que eram maioria na OPEP (cartel internacional que controla o preço do petróleo), majoraram (subiram) o preço do barril em 314%, gerando a Primeira Crise do Petróleo, que abalou as economias no mundo todo.
- Abrindo um parênteses sobre a situação do Brasil na Crise de 73: desde JK (década de 50), o Brasil é um país de alma rodoviarista, ou seja, baseado no transporte de cargas por rodovias, o que demanda muito combustível (no caso, diesel - derivado do petróleo). Como na época o país importava cerca de 80% do petróleo que demandava (consumia), com o aumento pornográfico do preço do barril, o bicho pegou: o governo teve de fazer empréstimos no exterior pra importar petróleo, o que levou a dívida externa (que já era grande com os militares) às alturas. Com o aumento constante do petróleo na bomba do posto (e as mercadorias eram transportadas por meio das estradas), o preço dos produtos oferecidos ao consumidor também aumentava constantemente. A esse aumento progressivo dos preços damos o nome de inflação. Durante a década de 80 ("década perdida"), o monstro da inflação assombrou os brasileiros (e seus respectivos bolsos). Somente com o advento do Plano Real (início da década de 90), a inflação foi domada. Fecha parênteses.
No ano de 1979, os líderes do Egito e de Israel reuniram-se na casa de campo (Camp David) do presidente dos EUA para discutir a devolução do Sinai ao Egito. Finalizadas as negociações, o presidente egípcio voltou ao país, sendo assassinado por um radical ("mas, mestre, por que matar o homem se ele conseguiu o Sinai de volta?" Ah, o que acontece é que era mais importante para os árabes fazer frente aos Ocidentais do que ter o território deles de volta, entende?). Além disso, o Egito foi expulso da Liga Árabe, assumindo o lado de aliado dos EUA.
- Sucessão Política na Palestina
- 1993: o Partido Trabalhista sai vitorioso das eleições, elegendo o primeiro-ministro Yitzak Rabin, com o slogan "Terras em troca de Paz" (ele só não disse o preço...típico judeu). De acordo com seu slogan, Rabin começou as negociações com o líder palestino Yasser Arafat no tratado de Oslo I (93), no qual ele desocuparia Gaza e a cidade de Jericó (com autonomia limitada). Continuando as negociações, em 95 foi assinado o tratado de Oslo II, aonde 40% da Cisjordânia seria devolvida. Voltando para Israel, Rabin é assassinado por um judeu (irritado com os preços das lujinhas? também, mas principalmente por ter sido retirado de seu assentamento da Cisjordânia).
- 1996: Com a morte de Rabin, são convocadas eleições. O partido de extrema direita Likud sai vitorioso e elege o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, conhecido por não negociar com os árabes. Sua principal medida foi a remilitarização de Gaza e Cisjordânia.
- 2000: Novas eleições. Vence novamente o Likud, com o enigmático Ariel Sharon (mas, mestre, por que enigmático? Ah, porque ele tinha jeito de durão mas acabou negociando, entende?). Sharon mandou prender o líder da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, por envolvimento com terrorismo. Além disso mandou construir o muro cercando a região da Cisjordânia, acreditando que de lá vinham os terroristas responsáveis por ataques em Israel.
- 2004: Morre Arafat; são convocadas eleições para a ANP e ganha o partido Fatah, elegendo o líder Mahamu Abbas, conhecido por condenar o terrorismo. Em 2005, Abbas e Sharon negociaram a desmilitarização de Gaza. Sharon tem um derrame (AVC) em 2005, deixando-o em estado vegetativo, o que paralizou (literalmente) as negociações.
- 2008: Eleições para o congresso árabe. O Hamas (grupo político com braço terrorista) ganha a maioria das cadeiras. Como o Hamas é famoso por não reconhecer o Estado de Israel e querer varrer os judeus do mapa (tipo Hitler), o clima é de tensão. E como em Gaza o clima é de agressão mútua entre terroristas e exército judeu, o Hamas comanda. Isolado na Cisjordânia, o Fatah vai perdendo sua liderança.
- 2009: Netanyahu volta ao poder em Israel.
OK, de Questão Palestina é isso. Terrorismo, Iraque e China eu posto em breve (só falta digitar).
Desculpem a demora.
George e Anônimo, já podem brincar de Jogo dos Sete Erros.
Abraços!
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