União Européia e EUA
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União Européia e EUA


Galera, começando então os últimos de geografia, temos Edilberto (com UE e um pouco de EUA) e Fefê Mendes (com China, Índia e América do Sul). Depois eu posto do Lasneaux (sistemas cardiovascular e digestório) e Fadul (transporte e organelas citoplasmáticas). Chico eu acho que não tem porque resumir, porque é só palicação de 1ª e 2ª Leis de Mendel. Às 7 horas, amanhã, eu devo revisar rapidamente biologia e geografia com vocês, se puderem chegar mais cedo e irem até a sala 34, do 3º ano D. Belezóca? Então vamos aos resumos... (conselho: dêem uma olhada no livro de geo, tanto na matéria do Edilberto (capítulo 23) quando na do F. Mendes)

Uma forma cada vez mais comum de organização político-econômica no mundo globalizado é a formação de blocos de países. Os blocos podem ser do tipo ZLC (Zona de Livre Comércio), tendo o comércio de bens liberado entre os membros; do tipo UA (União Aduaneira), que é a criação de uma Tarifa Externa Comum (TEC), possibilitando maior integração econômica; e podem ser do tipo ainda mais complexo, o Mercado Comum (MC). No Mercado Comum, os membros têm as "4 liberdades": livre circulação de bens, pessoas, serviços e capitais. O único Mercado Comum existente nos dias de hoje é a União Européia. Vejamos como ela foi formada.

Em 1992, quando foi assinado o Tratado de Maastricht, consolidou-se o plano Europeu de criação de um bloco coeso de países com o objetivo de unificação política. Tal sonho já teve, anteriormente, tentavitas de concretização, como o Benelux (bloco: Bélgica, Holanda e Luxemburgo) - que posteriormente foi ampliado para o CECA (Comunidade Européia do Carvão e do Aço, com a adição de Itália, França e Alemanha), o MCE (Mercado Comum Europeu, fundado pelo pelo Tratado de Roma) e o Euratom (união de países com o objetivo de desenvolvimento de tecnologias baseadas na energia atômica). A fusão dos blocos gerou a atual UE. Vejamos como se deu a fusão:
  1. 1973: Reino Unido, Dinamarca e Irlanda aderem à Comunidade, muito embora os Franceses tenham demonstrado certa resistência à entrada dos 3, pois nenhum deles pertencia realmente ao continente europeu.
  2. 1981: A Grécia se torna o 10º país da CE.
  3. 1986: os países ibéricos (Portugal e Espanha) tomam seu lugar na comunidade, agora com 12 membros.
  4. 1993: entra em vigor o Tratado de Maastricht, assinado pelos 12 fundadores da nova União Européia, que tinha o objetivo primordial de unir a Europa pós-Guerra Fria e manter o continente, que outrora fora o centro do mundo, dentro do Capitalismo cada vez mais globalizado e competitivo.
  5. 1995: Áustria, Finlândia e Suécia, que até o final da Guerra Fria mativeram uma neutralidade forçada por Stalin no início do conflito, se unem à União Européia.
  6. 2004: diversos países (10, para ser mais exato), por decisão do Congresso Europeu, têm sua adesão aceita - Lituânia, Letônia, Estônia, Polônia, Malta, Chipre, República Tcheca, Hungria, Eslováquia e Eslovênia.
  7. 2007: Bulgária e Romênia aderem.
  8. Noruega, Suíça (e não Suécia como eu tinha colocado antes) - tiveram a adesão negada pela própria população, continuando a tradição de neutralidade.
  9. Croácia, Turquia e Macedônia - candidatos com pedido de adesão. Sua adesão é um ponto de muito debate, pois os 3 países são da porção mais asiática da Europa, o que implica em um choque cultural e inclusive econômico muito grande.
  10. Pedidos não formalizados: Sérvia, Montenegro, Kosovo (países multi-étnicos e com disputas internas), Ucrânia e Geórgia (pertencentes à CEI; sofrem pressão da Rússia, que não quer perder influência no bloco).
Rumo à integração completa, o Congresso ou Parlamento Europeu propôs, em 2007, uma Constituição Única para os 27 países da UE. O Tratado de Lisboa, como foi chamado, criaria uma Constituição como a dos EUA (alguns pontos principais; os estados, ou no caso os países, teriam certa independência para tratar de pontos mais específicos). Mas o Tratado não passou, pois era necessário que a aprovação fosse unânime. França e Alemanha, desde o início, reprovaram. Holanda e Irlanda também, sendo que, no caso dos irlandeses, o veto foi popular (por meio de plebiscito). Mudando de nome para Carta de Reformas, o projeto sofreu algumas alterações, como:
  1. Criação do cargo de Ministro das Relações Exteriores, que atualmente é exercido pelo próprio presidente da União Européia. O cargo de Ministro teria uma duração maior que o de presidente, que atualmente é de 6 meses (a cada meio ano, um dos presidentes dos países da UE torna-se presidente da UE - atualmente, o cargo é do presidente daRep. Tcheca).
  2. Criação de uma força militar conjunta, controlada pelo Parlamento (pois a OTAN tem muita interferência dos EUA).
  3. Definição de que as decisões teriam 60% de participação da população (por referendos/eleições).
  4. Definição do veto - para um decisão não ser aprovada, pelo menos 5 países teriam que vetá-la.
Referendos foram feitos em diversos países em 2008 para a aprovação da nova Carta de Reformas. Apenas a população da Irlanda vetou a proposta, barrando novamente uma Constituição Única, que, de certo modo, diminuiria a soberania e a independência política de cada país.

Acontece que, mesmo ainda lutando para uma maior integração política, jurídica e previdencial, a UE conseguiu e vem conseguindo cada vez mais uma união econômica. Exemplo disso é a moeda única, já adotada em 21 países (sendo que 5 deles ainda não pertencem oficialmente à UE). A Zona do Euro, então, engloba os seguintes países: Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Itália, Alemanha, França, Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha, Áustria, Finlândia, Eslovênia, Eslováquia, Malta, Chipre e os 5 que ainda não são da UE - Montenegro, Kosovo, Andorra, San Martin e o Vaticano. Dos 12 membros-fundadores, apenas o Reino Unido não faz parte da Zona do Euro - isso porque os ingleses tem muito orgulho de sua moeda- a libra, que é mais forte que o euro e representa o poderio econômico inglês de tempos passados (é um símbolo nacional, assim como a Rainha impressa em suas notas).

Fazendo uma generalização bem forçada, podemos dizer que dois países da UE possuem grupos separatistas em seu território, o que gera conflitos permanentes. São eles a Espanha, com o grupo político/terrorista basco ETA, e a Irlanda, com o grupo terrorista/ paramilitar IRA.
  1. Invasão normanda do século XII: os bárbaros conquistaram a ilha, sendo depois submetidos ao governo inglês.
  2. Reforma protestante inglesa do século XVI: com a separação de Henrique VIII da Igreja Católica e a criação do Anglicanismo, a briga entre católicos e protestantes começou. Isso porque, enquanto a Inglaterra se protestantizava, os irlandeses eram católicos fervorosos.
  3. Ato de União da Irlanda, 1800: os ingleses permitiram o envio de irlandeses para o parlamento da Comunidade Britânica. Nos anos seguintes, houve uma grande fome no país, que levou os irlandeses a migrarem (especialmente para os EUA). Com a saída de milhares de irlandeses, as terras ficaram concentradas nas mãos de ingleses, que começaram a criar leis que os favoreciam na produção e na posse de terras. Em 1900, aproximadamente, surgiram grupos revolucionários que pediam a independência do país - o que foi negado pela minoria protestante.
  4. Criação do IRA, 1918: com o fim da 1ª Guerra, os revolucionários conseguiram criar um parlamento e um exército (o IRA) independentes dos ingleses e controlados, principalmente, pela maioria católica. Em 21, após dois anos de guerrilha, a independência do país foi reconhecida, sem a região do Ulster (protestante, que ainda faz parte do Reino Unido - Irlanda do Norte). Em 48, a Irlanda do Sul ( ou Eire), separou-se da Commonwealth (comunidade britânica).
  5. Domingo Sangrento de 1972: no Ulster ou Irlanda do Norte, desde a separação, os católicos são minoria e lutam pela unificação da região à República da Irlanda (Eire). Em 1972, sofrendo com a repressão política, com a falta de empregos e com a fome, grupos católicos do Ulster, juntamente com forças do IRA, se revoltaram contra os protestantes. A repressão foi violenta e o mundo todo assistiu à matança de centenas de católicos (civis e paramilitares).
  6. Acordos da Sexta-Feira de Páscoa, de 1998: católicos e protestantes da Irlanda do Norte e do Sul unem-se para assinar acordos de paz. os principais pontos são: os católicos renunciam à separação do Ulster da Commonwealth, ambos os grupos depõem armas, os protestantes não podem mais discriminar a minoria católica do Norte e o Eire (ou Rep. da Irlanda) retira o apoio ao separatismo dos católicos do Ulster.
Realmente foram feitos acordos, mas os atentados dos dois lados continuam. Agora, acabando UE, falemos um pouco sobre os EUA.

Inicialmente, os EUA eram colônia da Grã-Bretanha. Até 1776, quando foi promulgada a Declaração de Independência. Desde então, os EUA vêm numa marcha cada vez mais acelerada de expansionismo pelo mundo. Tal expansionismo pode ser dividido em 3 fases:
  1. Interno: vai da Independência, passa pela conquista do Oeste, as guerras contra a Espanha e termina com a compra do Alasca (antigamente da Rússia) e a anexação do Havaí (em 1898).
  2. Continental e Oceânico: engloba as independências americanas, especialmente a do Panamá e termina com a Guerra Hispano-americana, na qual os EUA ficaram com as colônias espanholas no Oceano Pacífico (Filipinas, por exemplo).
  3. Planetário: Primeira e Segunda Guerras, além de Guerra Fria, Era Clinton, Era Bush e, atualmente, Era Obama. É a época da bipolaridade mundial (EUA x URSS) e, mais recentemente, da unipolaridade hegemônica dos EUA (luta o terror, coração industrial e econômico do mundo...).
Até aí vai a matéria do 1º semestre. Desculpem o atraso com os resumos. Vou acelerar nos de F.Mendes, Fadul e Lasneaux aqui.



Abraços!



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