(Resumo das passagens mais importantes)
- Foi no seio do povo hebreu que nasceu a Bíblia. Ela      divide-se em Antigo  e novo      testamento. Em toda a bíblia vemos que se trata da aliança feita por Deus      com os homens, principalmente por intermédio de Moisés e em seguida pelo      ministério de Jesus Cristo.
- O antigo testamento divide-se em três partes:
Ø   A Lei (Torá) que contém cinco livros (chamados mais tarde de Pentateuco): Gênesis (Livro das origens), Êxodo (O assunto principal é a saída do Egito), Levítico (Coleção de prescrições rituais relativas ao culto público e privado), Números (Narrações da permanência dos hebreus no deserto), Deuteronômio(Coleção de discursos e de exortações à fidelidade para com Deus).
Ø  Os profetas: Livros históricos
Ø  Os escritos: Salmos, na maioria do Rei Davi, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras e Neemias e Crônicas.
- A Bíblia católica divide os 46 livros do antigo      testamento:
- O Pentateuco (isto é, a lei). São os cinco      primeiros livros (gênesis, Levítico, Números e Deuteronômio), onde Moisés      narra a criação do mundo e os primórdios da história do povo hebreu.
- Os livros históricos
- Os livros sapienciais
- Os livros proféticos
- O novo testamento, com 27 livros, é dividido em:
1.    Cinco livros históricos: quatro evangelho segundo S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas e S. João e         Atos dos Apóstolos. Os evangelhos narram a vida de Jesus Cristo, que procurou mostrar aos judeus e à humanidade o caminho que deviam seguir.
2.    Vinte e uma cartas dos apóstolos
3.    Um livro profético: o apocalipse de S. João
Gênesis
- Deus é o criador do mundo e é distinto do universo.      O homem (Adão) foi criado da terra, mas animado de um sopro de vida.      Contudo, seduzido pelo poder da mentira, (onde Eva, a mulher, o fez comer      o fruto proibido por Deus) desobedece à Deus para querer tornar-se igual à      ele. Dessa forma, o pecado entrou no mundo. O homem foi excluído do Paraíso      do Éden.
- O homem continua no pecado e comete o seu primeiro      crime quando Caim mata Abel; ambos são filhos de Adão e Eva.
- Sobrevém  o      dilúvio, onde pediu à Noé que fizesse uma arca pois haveria      de chover quarenta dias e quarenta noites. Noé, sua família e vários      animais foram salvos.
A Torre de Babel
- Toda a terra tinha uma só língua. Alguns homens      partindo para o oriente começaram à construir uma cidade e uma torre cujo      cimo atingisse os céus. Mas o Senhor desceu para ver a cidade e a torre      que construíram e disse: Eis que são um só povo, disse ele, e falam uma só      língua, com isso futuramente poderão executar todos os seus      empreendimentos. Então, o Senhor confundiu a linguagem de todos, fazendo      com que eles se dispersassem pela face de toda a terra e cessassem de      construir a cidade. Por isso, deram-lhe o nome de Babel, ou seja, Torre      de Babel.
- Sodoma e Gomorra são supostas cidades que de acordo com a      Bíblia, teriam sido destruídas por Deus com fogo e enxofre descido do Céu.      Os seus habitantes eram cananeus. Segundo o relato bíblico, as cidades e      seus habitantes foram destruídos por Deus devido a tantos pecados. Antes      disso, Lot (filho do irmão de Abraão) havia sido avisado para não      olharem para trás, ele e sua mulher. Porém, quando começou a destruição, a      mulher de Lot olhou para trás e e ficou no mesmo instante convertida em      uma estátua de sal. A expressão      "Sodoma e Gomorra", se aplica por extensão as cinco      cidades-estados do Vale de Sidim, no Mar Salgado ou Mar Morto. Eram elas:      Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Bela (também é chamada de Zoar).  Sodoma e Gomorra, segundo o      Antigo Testamento são duas antigas cidades próximas ao mar Morto. Diz-se      que foram destruídas devido à indecência e às perversas práticas sexuais      de seus habitantes. No livro de Deuteronômio, cap 29, versículo 24 a 27,      diz que Sodoma e Gomorra foram destruídas porque serviram a outros deuses.
Os Hebreus e o monoteísmo religioso
- A primeira parte da Bíblia; o Antigo Testamento      narra a história do povo hebreu, desde sua formação até a sua dispersão      pelo mundo. A história deste povo tem início com Abraão,      descendente de Sem, patriarca de um clã fixado nas proximidades da cidade      de Ur, na Caldéia.
- Conta a Bíblia que Deus -  a quem os hebreus chamavam Javé (ou      Jeová) apareceu a Abrão, fazendo com ele um pacto. De acordo com este      pacto, Abrão deveria ir com sua família em busca de outro local para      viver, a ?Terra prometida?. Em troca Javé daria a Abraão uma descendência      mais numerosa que as estrelas do céu e a faria dela a maior de todas as      nações.
- A terra prometida ou Terra de Canaã localizava-se      na Palestina, conhecida como crescente fértil.
- Por volta do ano 1900 ac. O patriarca Abraão partiu      em busca da terra prometida. Estava com sua mulher Sarai e Lot, filho de      seu irmão.
- Abraão e Lot se separaram. Abraão fixou-se na terra      de Canaã  e Lot nas cidades da      planície até Sodoma, onde seus habitantes eram perversos e pecadores      diante do senhor.
- Deus, estando insatisfeito com Sodoma, destruiu-a      com uma chuva de enxofre e de fogo. Deus permitiu apenas que Lot e sua      mulher saíssem da cidade. Um anjo havia avisado antes para eles que não      olhassem para trás durante a destruição da cidade, mas a mulher de Lot      olhou para trás e se transformou em uma coluna de sal. 
- Sarai não podia ter filhos e pediu a Abraão que      dormisse com sua escrava egípcia para lhe nascer um filho e sendo assim, nasceu      Ismael. Deus disse à  Abraão:      ?Não chamarás mais a tua mulher Sarai e sim Sara?. Depois de um tempo,      apareceram três anjos à Sara e Abraão e disseram: ?Voltarei à tua casa      dentro de um ano, e Sara tua mulher, terá um filho?. Sara riu pois já      estava na velhice. E depois desse tempo, nasceu Isaac.
- Depois de um tempo, Deus, querendo testar a      fidelidade de Abraão pediu o sacrifício de Isaac: o Holocausto.     Abraão obedecendo a Deus estava quase sacrificando o filho quando o anjo      do senhor gritou e não deixou que Abraão o fizesse. Deus viu que Abraão      realmente temia a Deus.
- Sara fez com que Ismael fosse embora. Deus deixou      porque seria de Isaac que nasceria a posteridade. Sara morre.
- Passados anos, Abraão pediu a um escravo que      voltasse em sua terra natal e procurasse uma mulher para o filho Isaac. O      escravo foi e trouxe Rebeca para Isaac.
- Abraão tomou outra mulher e teve outros filhos que      ele lhe deu presentes mas sua herança deu a Isaac. Abraão viveu 175 anos e      morreu.
- De Isaac e Rebeca nasceram 2 filhos gêmeos: Esaú      que saiu primeiro e Jacó.
- Esaú e Jacó cresceram. Isaac já velho e sem visão      abençoa Jacó que lhe trouxe um prato especial. Porém Isaac preferia Esaú e      foi a ele que tinha lhe pedido esse prato especial. Rebeca que gostava      mais de Jacó fez com que ele se passasse por Esaú e servisse primeiro o      pai. Esaú ficou irado ao saber depois e quis matar Jacó. Então Rebeca      pediu que Jacó passasse uns tempos na casa do irmão dela, em Harã.
- Jacó teve que se casar com as duas filhas do irmão      de Rebeca, o Labão. Ficou por lá durante 20 anos e teve vários filhos.      Jacó enriqueceu e volta para Canaã. Seu irmão já o havia perdoado. Antes      de chegar, no caminho, Jacó lutou com um anjo que lhe apareceu e vençeu. O      anjo disse-lhe que agora o nome do       Jacó seria Israel que quer dizer ?aquele que luta com      Deus?.
- Isaac morreu com 180 anos. Jacó se fixou na      terra de Canaã. Teve doze filhos no total com as filhas Lia e      Raquel (de Labão). Seus filhos deram origem às doze tribos de Israel.
- Divididos por dois reinos, o de Judá e o de Israel que é descrito como infiel ao seu Deus por sempre      estarem se aliando aos Reis da Mesopotâmia e assimilando suas culturas      religiosas. 
- Judá é mais importante (segundo a Bíblia) pela      vocação de liderança religiosa entre os dois reinos. Mas por trás dessa      vocação religiosa, houve sim um grande desejo do reino de Judá em unificar      toda a região tomando posse das terras de Israel, justificado pela própria      geografia de Israel que era mais rica que a do reino de Judá.
- José, o filho mais amado de Jacó (pois era o      filho da sua velhice) despertava ódio em seus irmãos. Um dia eles queriam      matar a José num deserto mas viram uma caravana de ismaeleitas que iam      para o Egito; então resolveram vendê-lo por 20 moedas de prata. José,      então, foi levado para o Egito.
- O faraó do Egito simpatizou-se com José e confiou-o      todos os seus bens, entregando todos os seus negócios a José.
- Um dia o faraó teve um sonho: sonhou que 7 vacas      feias e magras devoraram 7 vacas belas e gordas. Sonhou ainda com 7      espigas magras que devoraram 7 espigas grossas e belas. Ninguém soube      interpretar o sonho; apenas José que Deus falava por ele. José disse que      Deus revelou o que iria fazer: haveria sete anos de grande abundância para      todo o Egito e que viria em seguida sete anos de miséria.
- Sendo assim, o faraó colocou José à frente do seu      povo e durante os anos de fartura, foi recolhida a quinta parte das      colheitas do Egito para armazenar antes dos anos de miséria.
- Nesta época, quando chegaram os anos de miséria,      todo o povo ia ao Egito comprar alimentos para a sobrevivência. Diante da      grande fome também em Canaã, os hebreus, os irmãos de José foram para o      Egito comprar alimentos e lá encontraram José, rico e poderoso pois já era      o governador de toda região. José chorou ao ver os irmãos e pediu a eles      que trouxessem toda a sua família para o Egito. Foi assim que os hebreus      emigraram para o Egito. Os hebreus começaram, então a multiplicar-se.
- Jacó morreu e anos após José também morreu com 110      anos.
- O trono do Egito teve um novo rei. Este rei, vendo      que o número de hebreus aumentava muito e poderiam vencê-los em uma      guerra, ordenou a matança de todos os filhos recém-nascidos dos hebreus      que fossem do sexo masculino. O faraó ordenou que todos os meninos fossem      atirados no rio Nilo.
- A filha do faraó encontrou um menino em um cesto no      rio e se encantou por ele. Então o adotou, dando-lhe o nome de Moisés,      que quer dizer ?o salvo das águas?. Moisés foi criado na corte egípcia e      era ele filho de um hebreu.
- Já adulto, vindo a conhecer a sua origem, Moisés revoltou-se      com a perseguição dos egípcios ao seu povo que viviam escravizados em      duros trabalhos. Deus, então, apareceu à Moisés e pediu que ele fosse até      o faraó para pedir permissão de retornar o povo hebreu à terra de Canaã.
- Como o faraó endurecia o coração, Deus fez através      de Moisés que muitas pragas acontecessem no Egito, exceto ao povo hebreu.      Depois de muitas pragas, como rãs, mosquitos, úlceras, gafanhotos, trevas,      etc. o faraó deixou-os ir. Mas Deus endureceu o coração do faraó para que      ele perseguisse o povo hebreu. Deus quis triunfar gloriosamente sobre o      faraó e seu exército para que os egípcios soubessem que Deus é o Senhor.      Por isso, durante a travessia do povo hebreu ao mar vermelho, Deus fez com      que as águas do mar se voltassem sobre os egípcios que os perseguiam.      Apenas o povo hebreu conseguiu atravessar.
- O regresso dos hebreus à ?Terra de Canaã? recebeu o      nome de Êxodo.
- De acordo com a Bíblia, foi durante a travessia do      deserto que, no Monte Sinai, Moisés recebeu de Deus as duas ?Tábuas      da lei?, onde estavam escritos os Dez mandamentos (ou      decálogo). Êx.20.
- Depois de tempos, ainda no deserto, Moisés morre      aos 120 anos, sem entrar na terra de Canaã.
- Josué, filho de Num ficou cheio do espírito de      sabedoria porque Moisés lhe tinha imposto as suas mãos. Depois de 40 anos      no deserto, os israelitas empreenderam a conquista da palestina pela      tomada de Jericó pelo ano 1200. Josué morre aos 110 anos.
- A terra ocupada foi distribuída em doze territórios      de acordo com as doze tribos, as quais foram se estabelecendo nas      montanhas e vales de Canaã. Seguiu-se um período difícil de caracterizar.      Os israelitas viviam em lutas contínuas com os antigos moradores dessas      regiões. Esse período de juízes, durou cerca de 200 anos.
- Destaca-se nesse período, a história de Sansão,     homem forte que segurou a boca de um leão. Contando o segredo de sua força      à Dalila que eram os seus cabelos, os filisteus o atacaram e      cortaram seus cabelos, furando-lhe os olhos. Sansão foi preso e seu cabelo      cresceu novamente; então se vingou sacudindo o templo dos filisteus,      matando a todos os príncipes dos filisteus, inclusive a ele mesmo. Sansão      fora juiz em Israel durante vinte anos.
- Samuel, profeta do Senhor, foi juiz em Israel      durante toda a sua vida. Samuel foi o último juiz e concedeu ao povo a Constituição      de um Reino.
- O principal      Rei Judeu, e o mais justo foi Davi.
- Os filisteus prosseguindo dominar a região dos      hebreus, conseguiram tomar boa parte do seu território. Saul, o      primeiro ?Rei dos hebreus? não conseguiu derrotá-los, sucedendo-o Davi,     famoso por ter derrotado o gigante Golias, que era um campeão      filisteu, um homem de guerra. Davi foi escolhido por Deus. Ele era filho      de Isaí, de Belém. Davi foi guerreiro, tocador, adorador, rei, profeta, dançarino,      amante, salmista, músico. Davi se derretia na presença do Senhor e tinha o      coração como água. Por isso conquistou o Senhor. Mas depois sucumbiu aos      chamados do mundo, assassinando e destruindo, pondo a perder tudo o que      conquistara espiritualmente.
- Davi vençeu os filisteus conseguindo unificar as 12      tribos num estado forte. Davi reinou 40 anos.
- À Davi, sucede, Salomão, seu filho, que      organiza o reino de Israel, faz aliança com o Egito e com Tiro e constrói      o templo de Jerusalém e o Palácio Real. Salomão, notável por sua sabedoria      levou os hebreus à prosperidade.
- A sabedoria de Salomão era divina. Foi ele quem fez      a sentença das duas mulheres que afirmavam ser mãe do mesmo filho. A      mulher que não deixou  que o filho      fosse dividido ao meio, esta, afirmou Salomão, é a mãe verdadeira. Com o      passar do tempo Salomão abandonou a Deus e passou a adorar falsos deuses e      feiticeiros pagãos, esquecendo quem lhe tinha dado tudo o que possuia.      Salomão reinou Israel durante 40 anos, em Jerusalém. Roboão, seu filho,      tornou-se rei em seu lugar. Nesse reinado há entre as tribos uma dissensão      que termina com um cisma: as dez tribos do norte separam-se das de      Judá e de Benjamim para construir um reino independente. Esse reino do      norte durará cerca de dois séculos, tendo por capital a cidade de Samaria,      conquistada por Sargon II.
- Vieram muitos reis, sendo Oséias, o último rei      de Israel.
- Deus lançou para longe de sua face os israelitas      porque estes adoraram outros deuses e se afastaram dos mandamentos do      Senhor. Essa foi a ruína de Israel.
- O Livro das      leis considerado ter sido escrito nos tempos de Moisés, foi      reencontrado misteriosamente lá pelos anos 700 a.C. em uma reforma do      Templo de Salomão. Faziam-se séculos que ninguém sabia desse misterioso      desaparecimento! Faziam séculos que ninguém comemorava a Páscoa ! A      descoberta do livro da aliança (Livro da lei: Deuteronômio),      por um sacerdote, levou o Rei      Josias a empreender uma vasta reforma religiosa e social, cujos      efeitos foram de breve duração. Josias exigiu de forma radical as reformas      religiosas definindo uma identidade própria para seu povo. Após o livro      ter sido apresentado ao Rei Josias este passou a exigir que a páscoa      voltasse a ser comemorada e destruiu todas as idolatrias, todos os cultos      de sacrifício de crianças conforme o Livro das Leis pedia. 
- Mas o reino de Judá foi declinando aos poucos até a      expedição de Nabucodonosor que em 598 se apodera de Jerusalém. Ele      transforma a Judéia em um  estado      vassalo, leva uma parte da população para Babilônia (onde era rei) e      estabelece um vice-rei: Sedecias. Mas como este se revolta, Nabucodonosor      toma uma segunda vez a cidade de Jerusalém e a incendeia em 589. A quase      totalidade da população é então deportada para a Mesopotâmia, ficando o      País sob um governo caldaico.
- O exílio dos israelitas durou, até que Ciro, rei      dos persas autorizou em 538 aos judeus deportados voltarem novamente à      Judéia. Esses judeus, assim que se foram estabelecendo em Jerusalém,      começaram a reconstruir o templo. Os israelitas, privados de seus reis,      procuram organizar-se em uma comunidade religiosa, a aliança divina      aparece então restabelecida.
- No livro de Tobias, mostra que Tobias (filho de      Tobit), homem bom e caridoso, o filho Tobias fez uma viagem a pedido do      pai para receber um peso de prata (dinheiro) de um velho amigo. Então,      apareceu ?Rafael?, um anjo      que o      ajudou na viagem. Rafael fez com que Tobias, durante a viagem conhecesse e      se casasse com Sara que era infeliz pois já havia se casado sete vezes e      todos os seus maridos morreram. Rafael o ajudou muito: prendeu o demônio      que matava os maridos de Sara, conduziu-os de volta e curou a cegueira de      Tobit, o pai de Tobias.
- Em 331, a Palestina inteira é conquistada por Alexandre      Magno. Alexandre reinou 12 anos e antes de morrer repartiu o seu      império entre os seus escolhidos.
- A partir de 323, a Judéia passa sucessivamente ao      domínio da dinastia dos generais de Alexandre que dividem entre si o      grande império grego. Pouco depois, os judeus atravessam um período de      grandes tribulações e perseguições por parte do rei da Síria, ?Antíoco Epífanes?.      É a época da revolta e da guerra santa de libertação, empreendida por      Judas Macabeu.
- A Judéia conhece uma independência que se estende      por cerca de um século; sua administração estava nas mãos de um príncipe      da família dos Asmoneus, descendentes dos Macabeus.
- Jó foi um homem que passou por provações de      Deus e ainda assim continuou fiel e justo à Deus, mesmo que satanás tenha      lhe tirado tudo. Mas tudo o que perdeu, Jó ganhou em dobro de Deus.
- O Saltério é o livro de oração dos antigos      judeus. ?Salmo? em hebraico quer dizer louvores. Na numeração dos      salmos existe uma divergência entre o texto hebraico e a versão latina da      vulgata. Essa divergência provém no texto hebraico da divisão imprópria do      salmo 9. A numeração do texto latino, adotada no breviário e no missal      romanos, é conservada na presente tradução. Portanto, para saber qual é a      numeração do texto hebraico deve-se aumentar de uma unidade o número dos      salmos desde o salmo 10 até o salmo 147. Ex: O salmo 22 (versão latina) é      o mesmo que o salmo 23 (versão hebraica) nas bíblias evangélicas.
- O livro dos provérbios é atribuído à Salomão     que produziu numerosíssimos provérbios de sabedoria.
Os maiores da Literatura Hebraica:
- Os      salmos, cujo maior autor foi Davi.
- Os      provérbios atribuído à Salomão
- O cântico      dos cânticos, um dos mais belos poemas hebraicos.
- O      livro de Jó, que conta a trágica luta entre o homem e o destino.
Os maiores profetas:
Ø  Isaías: considerado como o maior profeta de Israel. Foi o profeta da justiça. Seus oráculos têm firme esperança num rei glorioso que há de vir e restaurar a ordem no mundo: o messias, o ?Príncipe da paz?. As profecias começam no livro de Isaías em diante.
Ø  Jeremias: tímido, coração ardente e sensível, foi o ?Profeta das desgraças?. Combatia os pecadores e foi caluniado e preso. Foi símbolo do justo sofredor, tornou-se ele um prenúncio de Jesus Cristo, ?O homem das dores?, habituado ao sofrimento por causa dos pecados do seu povo.
Ø  Lamentações: compõe-se este escrito de cinco poemas ou lamentações.
Ø  Baruc: consiste numa magnífica exortação à penitência. Há também um majestoso poema à sabedoria no cap. 3, como único caminho que conduz a salvação.
Ø  Ezequiel: o profeta expõe categoricamente o princípio da responsabilidade e do merecimento pessoal. Nos capítulos 16, 20, 23 há trechos com expressões ousadas. O profeta anuncia a ressurreição de Israel, a restauração do templo e o restabelecimento de uma ordem de coisas, onde reinará a justiça divina.
Ø  Daniel: Daniel é um israelita levado à Babilônia entre os deportados por Nabucodonosor. O livro de Daniel é um dos mais curiosos entre os livros proféticos. Daniel revela sucessivamente o Reino de Deus, mas deixa nos leitores, a incerteza quanto ao tempo. Esse reino, o reino de Deus anunciado também pelos outros profetas, é o que será proclamado e realizado por Jesus Cristo. Daniel subentendeu também a segunda vinda do Senhor no fim dos tempos. São notáveis e interessantes as passagens: O sonho da estátua (cap 2) que fala dos reinos; Os três jovens na fornalha (cap 3); Sonho da árvore e Loucura do rei (cap 4), O festim de Baltazar (cap 5); Daniel na fossa dos leões (cap 6), Visão do carneiro dominado pelo bode (cap 8) principalmente do vers. 19 à 26; A oração de Daniel (cap 9); Os tempos messiânicos (cap 12); A história de Suzana (cap 13); História de Bel e Episódio do dragão (cap 14).
Uma profecia da Bíblia para pensar:
- Daniel em 538 ªc (7:13-27) predisse: Haverá      4 Reinos: Babilônico (Mesopotâmia), Medo-Pérsia (Pérsa), Macedônico      (Grécia antiga) e Romano. E [os últimos] o Deus do céu estabelecerá um reino      que jamais será arruinado, o de Cristo, que será um reino eterno e      não será destruído.
- Vivemos      numa época muito especial e marcante: período em que surgiria a sétima      potência mundial da história bíblica. Essa potência é a única mencionada      na Bíblia apenas de forma profética, visto que as seis potências      anteriores constam no registro histórico da Bíblia. A respeito das sete      potências ou ?reis?, a Bíblia predisse: ?Há sete reis, cinco já caíram, um      é, o outro ainda não chegou, mas, quando chegar, tem de permanecer por      pouco tempo?. (Apocalipse 17:10).
- A profecia      em Revelação 17:10 complementa outra profecia no livro de Daniel. Ele escreveu      sobre uma ?enorme estátua? vista pelo rei babilônico Nabucodonosor numa      visão dada por Deus (Daniel: 2:28, 31-43). Daniel revelou ao rei que as      partes da estátua representavam a sucessão de impérios que começou com a      Babilônia, a potência mundial dominante naquela época. (O Egito e a      assíria já haviam surgido e saído de cena). A História confirma a seguinte      sucessão: a cabeça de ouro da estátua vista representava o Império      Babilônico. O peito e os braços de prata retratavam a Medo-Pérsia.      O ventre e as coxas de cobre se referiam a Grécia antiga. As pernas     de ferro representavam o Império Romano. Os pés, uma mistura de      ferro e argila, simbolizavam a falta de união em sentido político e social      durante o período da potência mundial anglo-americana. Depois de descrever      a estátua mencionada, Daniel escreveu: ?Cortou-se de um monte uma pedra,      sem mãos, e ela golpeou a estátua nos seus pés de ferro e de argila      modelada, e os esmiuçou? (Daniel 2:34). Muitos, hoje em dia associam os Estados      Unidos  como uma dessas maiores      potências, ou seja, um grande império. Qual o significado dessa visão      impressionante?
Ø  Depois vieram outros profetas menores como Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
Ø  Destaca-se o profeta Jonas: Deus pediu à ele que fosse a grande cidade ?Nínive? para profetizar. Mas, Jonas fugiu do Senhor; embarcou num navio para ?Társis?. Deus, então, levantou uma tempestade no mar. Os marinheiros não sabiam o que fazer para acalmar o mar. Jonas pediu que lhe jogasse ao mar para que o mar acalmasse. O mar se acalmou com Jonas nas águas, mas o Senhor fez com que um grande peixe o engolisse, por três noites no seu ventre. Jonas, então, reconheceu que devia ir à Nínive, como Deus lhe ordenara. Deus, então, fez com que o peixe vomitasse Jonas, na praia. E Jonas foi profetizar   em Nínive.
Quem foi Elias?
- Elias foi um profeta bíblico que realizou vários      milagres em nome de Deus.
- Anjo      subordinado à Jesus Cristo (Arcanjo Miguel), Elias é aquele que sempre      precede ao Senhor. Encontra em Malaquias: ?Eis que eu vos enviarei o      profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor?. Também      em Mateus 11:14, 17:10-12, entre outros.
- Elias      e João Batista são a reencarnação do mesmo espirito ( segundo Jesus ) .O      profeta Elias andava com Deus; sua palavra era poderosa. Ele fez que não      chovesse por três dias; destruiu os profetas de Baal, porque adoravam      demônios. 
- Antes      de Elias ser arrebatado por Deus, ele disse ao seu servo Elizeu: Pede-me o      que queres que te darei, e Elizeu pediu a porção dobrada de seu espírito,      e assim sucedeu que quando Deus levou Elias numa carruagem de fogo, sua      capa caiu do céu e Elizeu pegou e vestiu; assim recebeu a porção dobrada      do espírito de Elias. O primeiro milagre que Elizeu realizou foi quando      abriu o rio Jordão ao meio.
- O      profeta Elias exerceu ministério profético nos tempos do rei Acabe (rei de      Israel) que era casado com uma princesa sidônia chamada Jezabel. Foi Elias      quem desafiou os 450 profetas de Baal e os 400 profetas de Asterote. O      desafio consistia em que cada um clamasse à seu deus, e o deus que      respondesse com fogo descido do céu, este seria o deus verdadeiro. Assim,      os profetas de Baal e de Asterote clamaram do romper da aurora até ao meio      dia e não obtiveram resposta. Porém Elias consertou o altar do Senhor e      quando clamou à Deus, viu descer fogo do céu que consumiu o holocausto.      Eliseu foi o sucessor de Elias. Quando foi procurado por Namã, um general      sírio que era leproso, recomendou-lhe banhar-se sete vezes no rio Jordão      para que ficasse livre da lepra.
- No ano 63 ªc Pompeu, o grande, invade a      Palestina, reduzindo-a a uma Província Romana. Pouco depois, César      entrega o governo da Palestina à Herodes Magno, um príncipe edumeu. Após a      morte deste, o governo da Galiléia cabe à Herodes Antipas, filho de      Herodes Magno.
- No ano 7 da nossa era, o governo da Judéia é confiado      a um procurador romano. Mas, um novo movimento de independência provocou      uma represália romana, uma guerra civil, onde o imperador romano Tiro      entrou, no ano 70 da nossa era.
- Foi no ano 5 da nossa era, durante a dominação      romana que nasceu na cidade de Belém na Palestina, Jesus Cristo,     onde teve início o ano I da nossa era. O imperador romano na época era      César Augusto.
- No ano 70 d.c após várias revoltas contra o domínio      romano, Jerusalém foi destruída. Com a destruição da cidade santa      termina a história dos antigos israelitas.
- A destruição de Jerusalém foi porque os judeus      monoteístas se recusaram reconhecer atributos divinos no Rei de Roma. O      imperador Tiro ateou fogo à cidade sagrada de Jerusalém e obrigou os      judeus a deixar a Palestina. Aconteceu, então, a ?Diáspora?, isto      é, a ?Dispersão do povo judeu? que durante muitos séculos deixou de      existir como nação.
(Fatos desde a destruição de Jerusalém até os dias atuais).
- Israelenses:      Judeus. Religião: Judaísmo   
- Palestinos:      Árabes. Religião: Islamismo ou Muçulmanos
- Na realidade judeus e palestinos são povos irmãos.      Ambos são herdeiros de Abraão. Como      já se sabe, os povos árabes tiveram origem em Ismael, filho de Abraão com      Hagar, sua escrava egípcia. Os judeus se originaram de Isaque, filho de      Abraão com sua esposa Sara.
 Ismael foi expulso de sua parentela e a herança de Abraão bem como as      promessas de Deus, foram todas para Isaque, primogênito do casamento.
- Com a destruição de Jerusalém, os judeus tiveram      que deixar a Palestina quando o imperador ateou fogo na cidade sagrada.      Foi o início da dispersão (Diáspora) judaica.
- Como os muçulmanos se expandiram, a partir do séc      VII a Palestina foi ocupada por eles (os árabes).
- A partir de 1870, imigrantes judeus começaram a se      estabelecer na Palestina (antiga terra deles, dos judeus).
- Em 1947 a ONU aprovou a divisão da Palestina em um      estado judeu e outro árabe. 
- 1948: Os conflitos locais agravaram-se com a Questão      Palestina, que se originou com a proposta de criação de um Estado judeu      num território predominante árabe, que culminou com a fundação de Israel em      1948. Os árabes não aceitaram sendo contestado pela liga árabe (Egito,      Síria, Jordânia, Líbano, Palestinos). Isso gerou, naquele ano, a primeira      guerra entre árabes e israelenses. 
- 1956: O presidente do Egito nacionaliza o Canal de      Suez, resultando na reação israelense e a guerra do Suez.
- 1964: Criação da OLP (organização para libertação      da Palestina) - objetivo: criação do estado Palestino.
- Nos diversos conflitos com os árabes, os judeus      sempre saíram ganhando, aproveitando para ocupar novas terras dos árabes.      Os palestinos (árabes) ficaram sem pátria.
- Em 1967, na guerra dos 6 dias, os israelenses      (judeus) com o apoio dos EUA ocuparam também territórios do Egito,      Jordânia e Síria. Em 1973, em nova guerra, a posição de Israel ficou      enfraquecida sobretudo, diante do Egito.
- Na guerra de 1973, os árabes usaram o petróleo      (cortaram o fornecimento como arma política contra os amigos de Israel). Guerra do Yom Kippur - Tentativa      árabe de retomar os territórios ocupados por Israel desencadeando na      primeira crise do petróleo.
- 1978/79: Acordo de Camp David: Israel se compromete em devolver a península do      Sinai ao Egito em troca do reconhecimento do estado de Israel.
- Jerusalém leste, povoada por árabes foi ocupada      por  Israel durante a guerra dos 6      dias (1967 e anexada ao território israelense em 1980). Depois de 1967,      pelo menos 80 mil judeus migraram para a ?Jerusalém reunificada?. A partir      de então, todos os ministérios foram transferidos de Tel Aviv para      Jerusalém. Israel anunciou ao mundo a sua nova capital que não foi      reconhecida como tal pela comunidade internacional.
- 1987: Primeira Intifada - Levante palestino em      territórios ocupados por Israel (Cisjordânia e Gaza)
- 1988: Jordânia oficializa desistência de ocupar a      Cisjordânia, reconhecendo a OLP.
- 1993: Acordo de Oslo I - busca pela autonomia      palestina nos territórios de Gaza e Cisjordânia.
- 1994: Autonomia administrativa da Palestina em      Gaza.
- 1995: Acordo de Oslo II - autonomia administrativa      à Palestina em cidades da Cisjordânia.
- 1996: Aumentam atentados de grupos extremistas palestinos (Hamas), dificultando as negociações.
- 1998: Acordo de Wye plantation nos EUA, base do      atual processo de paz.
- 2000: Impasse nas negociações entre Israel e      palestinos. Hezbollah intensifica ataques a Israel no sul do Líbano.      Segunda Intifada - novas manifestações palestinas na faixa de Gaza e      Cisjordânia.
- 2001: Aumento da tensão entre palestinos e judeus,      atentados em Gaza e cidades da Cisjordânia. Reinício da Segunda Intifada      com atentados suicidas (homens-bomba). Enfraquecimento de Yasser Arafat por não conseguir      conter a política extremista de grupos radicais (Hamas, Hezbollah, Jihad).
- 2003: Plano de Paz - EUA, UE, Rússia, ONU propõem      plano de paz prevendo a criação de um estado palestino em 2005;      reconhecimento do direito de Israel de existir, e futuro da cidade de      Jerusalém.
- 2004: Marmud Habbas eleito presidente da ANP      (Autoridade Nacional da Palestina) com o afastamento de Yasser Arafat que      faleceu logo depois.
- 2005: Retirada dos assentamentos israelenses da      Faixa de Gaza, sob intensos protestos da direita Israelense.
- 2006: Vitória do grupo radical Hamas (considerado      terrorista por EUA, UE e Israel) no processo eleitoral, derrotanto o grupo      moderado de oposição Fatah, desencadeando dúvidas no processo de      negociação entre palestinos e israelenses.
- 2007: Cresce confronto entre radicais do Hamas e      moderados do Fatah. A ausência de consenso entre esses grupos retarda o      processo de negociações de paz entre palestinos e israelenses.
- Os conflitos já duram muitos e muitos anos.
Segunda parte da Bíblia...
Novo Testamento
Jesus Cristo
- Jesus      Cristo, personagem principal do cristianismo, nascido em Bélem,      Judéia, em data imprecisa, provavelmente entre 8 a.C. e 29 d.C. Para os      cristãos, Jesus é o Filho de Deus, concebido por Maria, mulher de José. As      principais fontes de informação sobre sua vida encontram-se nos      Evangelhos.
- Todos os Evangelhos sinópticos - os três primeiros,      de Mateus, Marcos e Lucas, assim chamados por apresentarem uma visão      similar da vida de Cristo - relatam que Jesus iniciou sua vida pública      depois da prisão de João Batista,     que o batizou no rio Jordão. Após o batismo e o retiro no deserto, Jesus      voltou à Galiléia, transferiu-se para Cafarnaum e começou a pregar. Quando      o número de seguidores cresceu, escolheu 12 discípulos. Com eles,      estabeleceu sua base em Cafarnaum e viajou pelas cidades próximas      proclamando a chegada do reino de Deus. Sua ênfase na sinceridade moral -      mais do que na observância rígida do ritual judaico - provocou a inimizade      dos fariseus. O momento mais importante de sua vida pública ocorreu em      Cesaréia, quando Simão, depois chamado Pedro, comprovou que Jesus era o      Cristo. Esta revelação, a posterior predição de sua morte e ressurreição,      as condições da missão que seus discípulos deviam cumprir e sua      transfiguração, constituem a base principal das crenças cristãs.
- Na época da Páscoa judaica, Jesus fez sua última      viagem a Jerusalém. Os sacerdotes e escribas conspiraram com Judas      Iscariotes para prendê-lo. Jesus celebrou a ceia da Páscoa,  abençoou o pão e o vinho anunciando que,      quando fiéis se reunissem e repetissem aquele gesto, ?farão em memória de      mim? e advertiu seus discípulos sobre a iminente traição e morte. Desde      então, este ritual, a Eucaristia, constitui o principal sacramento da      Igreja. Depois de preso, Jesus foi conduzido ao Conselho Supremo Judaico      onde Caifás pediu que Jesus declarasse se era ?o Messias, o filho de      Deus?. Por esta declaração, Jesus foi condenado à morte, sentenciado por      Pôncio Pilatos. Após ser torturado, Jesus foi levado ao Gólgota e      crucificado.
- ?Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago?, indo ao      sepulcro para ungir seu corpo antes de o enterrarem, encontraram-no vazio      e receberam, através de um anjo, o anúncio de sua ressurreição. Conforme o      Novo Testamento, este fato converteu-se numa das doutrinas essenciais da      cristandade. Todos os evangelhos assinalam que, após a morte e      ressurreição, Jesus continuou a pregar a seus discípulos. Lucas e os Atos      dos Apóstolos relatam sua ascensão aos céus, 40 dias após a ressurreição.
- Na história do cristianismo, a vida e ensinamentos      de Jesus foram, muitas vezes, tema de discussão e de diferentes      interpretações. Definir sua natureza tornou-se objeto de uma disciplina      chamada cristologia.
- A palavra Evangelho é de origem grega e significa a      Boa Nova. Os evangelhos são escritos que contam a boa nova da vinda entre      os homens daquele que se fez ?filho do homem?, a fim de que nos possamos      tornar ?filhos de Deus?.
Ø  Mateus: Cujo verdadeiro nome é Levi,  redigiu seu evangelho em aramaico (dialeto hebraico). Esse texto não conservado foi depressa traduzido para o grego. Mateus escreve na Palestina para leitores judeus; seu texto se particulariza pela abundância de citações do Antigo Testamento.
Ø  Marcos: É o sobrenome de João, primo de Barnabé. É um discípulo de Pedro e companheiro de Paulo em sua primeira viagem missionária. As minúcias de alguns detalhes nos garantem que há nele um testemunho direto da vida e da atividade de Jesus. Marcos quis apresentar Jesus aos pagãos fazendo notar sobretudo o que havia de extraordinário e de valor probatório de sua missão nos milagres por ele operados.
Ø  Lucas: É de origem grega. É também um companheiro das missões de Paulo. Lucas escreveu também Os Atos dos Apóstolos. Embora não tenha ele sido testemunha ocular dos acontecimentos, seu livro é digno de crédito, por causa do cuidado que teve o autor em documentá-lo. Ele utilizou certamente o texto de Marcos e o de Mateus. Lucas, escrevendo também para os pagãos, tem a visível preocupação de apresentar Jesus sob um aspecto mais atraente e comovedor, fazendo notar, antes de tudo, a bondade e a misericórdia do Salvador.
Ø  João: Deve ser apresentado à parte. João, irmão de Tiago, filho de Zebedeu. Ele foi um dos mais íntimos de Jesus, a quem o Salvador confiou o cuidado de sua mãe no momento de sua morte. Por várias vezes ele designa discretamente a si mesmo pelas palavras: ?o discípulo que Jesus amava?. João quis mostrar a divindade manifestando-se aos homens na pessoa de Jesus. Nele, ele quis mostrar o filho de Deus, sofredor e glorificado. Apresenta-o como ?a água da vida eterna?, ?o pão vivo descido do céu?, ?a luz do mundo?, ?o bom pastor?, ?o caminho, a verdade e a vida?, ?a vida eterna?. João procurou mostrar aos seus leitores a divindade de Jesus e revelar-lhes um pouco de sua realidade invisível, mas conservando o cuidado de apresentá-lo como um homem no concreto de seus atos e de seus discursos. Enfim, resumindo ?João?, irmão de Tiago (o mais novo dos apóstolos, o que Jesus mais amava) e que seguiu corajosamente Jesus na noite em que foi preso e o acompanhou até a morte na cruz, pois os outros apóstolos amedrontados, fugiram. Na cruz, Jesus ainda o entregou a responsabilidade de cuidar de sua mãe Maria dizendo: eis aí tua mãe? Além disso, a São João evangelista é que foi dada a revelação do Apocalipse na ilha de Patmos. João também escreveu três epístolas (cartas) e um evangelho, além do apocalipse. João foi o ?apóstolo do amor?.
Os atos dos apóstolos
- Os atos dos apóstolos formam a seqüência do      terceiro evangelho, e foram escritos pelo mesmo autor, Lucas, que para      redigí-los, utilizou tradições escritas e orais e escreveu numa parte      importante de sua narrativa, suas próprias memórias.
- Os atos contam os acontecimentos que marcaram o      nascimento da Igreja primitiva, a ascenção de Jesus, o Pentecostes, a      primeira pregação em Jerusalém e na Palestina; em seguida, a conversão de Paulo e suas viagens  missionárias através da Ásia Menor e da      Grécia, sua prisão, seu processo e sua transferência para Roma.
- O livro dos Atos insiste na primeira parte na      influência do espírito santo sobre o desenvolvimento das primeiras      comunidades cristãs. Na segunda parrte, ele se restringe a mostrar como      Paulo, seguindo nisso o exemplo de Pedro, é o grande realizador da entrada      em massa dos pagãos na igreja.
Epístolas
- São      cartas enviadas pelos apóstolos aos cristãos, depois da vinda de Cristo.      Foram várias epístolas: Paulo, aos romanos; Paulo aos Coríntios, (2      cartas) Paulo aos gálatas; Paulo aos Efésios; Paulo aos Filipenses; aos      Colossenses; aos Tessalonicences; (2cartas); uma epístola à Timóteo, e uma      segunda epístola a Timóteo; epístola a Tito, à Filemon, aos Hebreus, e      depois tem as epístolas de  Tiago e      Pedro, (2), de João, (3), de São Judas , todos estes apóstolos foram      proclamados santos.
O Apocalipse
- O Apocalipse (palavra grega que significa      Revelação) é obra do apóstolo João, que o escreveu no fim de sua vida sob      a forma de uma carta dirigida às igrejas da Ásia Menor. Esse livro é      considerado pela maioria dos leitores como o mais difícil de compreender e      o mais misterioso de toda a Bíblia. A situação dos cristãos da Ásia era,      naquela época das mais críticas. As perseguições já tinham começado. Por      outro lado, muitos cristãos, que esperavam uma próxima libertação pelo      retorno glorioso do Cristo, verificavam com tristeza que esse retorno      demorava. 
- O apóstolo João, fazendo do seu livro uma mensagem      de reconforto e de encorajamento, quis anunciar aos seus leitores a inevitável      oposição do bem e do mal sobre a terra, e predizer a vitória de Deus. João      usou o gênero literário chamado Apocalíptico porque apresenta aos olhos do      leitor uma série de visões, ou revelações muito simbólicas tendo um      sentido oculto. Não se trata de dar uma descrição antecipada de      acontecimentos futuros, mas de apresentar uma mesma realidade sob vários      símbolos diferentes. Essas visões se supõem outorgadas a um personagem      que, dessa maneira, recebe comunicação       das intenções divinas sobre os destinos do mundo. Tudo isso é feito      numa linguagem intencionalmente figurada e misteriosa, para provocar uma      atenção mais viva no leitor. Sua leitura será menos desconcertante, se      desde o começo for indicado o simbolismo de várias dessas imagens      empregadas, por exemplo: o cordeiro simboliza o Cristo; a mulher, a igreja      cristã, o dragão, as forças hostis ao reino de Deus; as duas feras, o império      romano e o culto oriental; a fera simboliza Nero; Babilônia, a Roma pagã;      as vestes brancas, a vitória. Entretanto esses símbolos não são      exclusivos: o Cristo é as vezes mostrado como o ?filho de homem? ou um      ?cavaleiro?.
Conclusão
- A revelação de Deus na Bíblia não envolve uma      garantia científica de tudo o que nela se encontra. É inútil pedir a      Bíblia uma explicação dos seis dias da criação ou da maneira como podiam      falar os animais. Esses dados não são em si revelações, mas tradições que      as contêm.
- A história mesma, tal como é contida na Bíblia, não      é tampouco uma revelação. Mesmo aquele que aprendeu de sua leitura a      sucessão dos reinos em Israel, os costumes dos antigos judeus, a até mesmo      o cumprimento das profecias do antigo Testamento no Novo, pode ainda      passar ao lado da verdadeira mensagem bíblica.
- A escolha que se pode fazer de certas passagens      favoritas, edificantes ou comoventes, não constitui tampouco uma      verdadeira leitura da Bíblia. Essa verdadeira leitura deverá sempre ter em      vista a finalidade primária de toda a Escritura Sagrada que é anunciar Jesus Cristo e dar testemunho de      sua pessoa. Para aqueles que viviam no Antigo Testamento só se tratava      ainda de um Salvador desconhecido, que viria. Para nós trata-se de um      Salvador ?que habitou entre nós? e cuja presença espiritual se perpetuará      até o fim dos tempos, isto é, até o seu retorno glorioso.
- A bíblia não entrou pois em caduquice. Ela diz-nos      respeito hoje como para além dos séculos. Entramos em contato com aquele      mesmo Senhor que tinha escolhido Abraão, que havia eleito o povo de Israel,      livrado os hebreus do Egito, e santificado os homens pela morte de Jesus      Cristo. Como Deus não tem mudado o seu modo de proceder, podemos concluir      que somos todos nós, escolhidos, eleitos, libertados e santificados pelo      nome desse mesmo Jesus  Cristo, que      os dois testamentos apontam: o Antigo, como sua esperança; o Novo como seu      modelo: ambos como seu centro.
Fim