Como forma de reprimir Israel pela derrota árabe no Yom Kippur, os árabes (maioria na OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo) elevaram o preço do barril de petróleo em 314% (de U$2,70 para U$11,20), o que começou uma crise mundial de importação/exportação de petróleo.
Parênteses: o Brasil, país que importava cerca de 80% do petróleo que utilizava (país rodoviarista), entrou em período de recessão econômica, com o aumento galopante da dívida externa (juros altíssimos) e da inflação (aumento constante de preços no mercado - desvalorização da moeda).
Em 1979, com Jimmy Carter na presidência dos EUA, foram assinados os Acordos de Camp David (residência de "campo" dos presidentes dos EUA) entre Israel e o Egito, planejando a devolução do Sinai ao Egito.
O Egito, que na época era líder da Liga dos países Árabes, foi duramente criticado pelos demais componentes da Liga por negociar com o "satã" (Israel e EUA), sendo expulso da chefia da Liga Árabe. Um egípcio radical, contrário aos acordos de paz, assassinou o presidente do país.
Para piorar o momento de tensão, também em 1979, estourou no Irã a Revolução Islâmica, que derrubou o Xá Rezah Parlev (pró-EUA) e elevou ao poder o clero, na figura do Aiatolá Khomeini (radical islâmico). Com isso, o Irã se proclamou inimigo do Ocidente cristão e de Israel.
Com idas e voltas em batalhas e tréguas, em 1993 foi eleito em Israel o primeiro-ministro Yitzhak Rabin, do Partido Trabalhista (mais liberal, contrário ao Likud - extrema direita). O slogan do partido era "Terras em troca de paz", o que em si já indicava um possível avanço na negociação da cessão de terras para os árabes palestinos de Gaza e Cisjordânia. Na mesma época, foi eleito para a OLP (representação dos árabes-palestinos) o egípcio Yasser Arafat (que passou maior parte da vida entre palestinos).
- Já no ano de 1993, Rabin e Arafat sentaram-se para a concretização de acordos de paz. O primeiro acordo realizou-se na capital da Noruega e levou o nome da cidade: Oslo I (09/93). Suas diretrizes eram a devolução da Faixa de Gaza à OLP (com autonomia limitada/parcial) e a devolução da cidade de Jericó (da Cisjordânia). Dois anos depois, em setembro de 95, novamente em Oslo, foi assinado o acordo Oslo II, que determinada a devolução de 40% da Cisjordânia à ANP (Autoridade Nacional Palestina, ex-OLP, presidida por Arafat).
Ao voltar pra casa depois do "passeio" na Noruega, o primeiro-ministro Y.Rabin foi assassinado por um rebelde israelense (provavelmente morador da parte da Cisjordânia que fora devolvida aos árabes). Com o assassinato de Rabin, os acordos ficaram em pausa. Foram convocadas, então, eleições em Israel. O partido vencedor, o Likud (de extrema direita), elegeu o primeiro-ministro Benjamin Nethanyahu (1996). Cumprindo as promessas de campanha, Nethanyahu agiu severamente contra os árabes, desconsiderando os tratados de Oslo e remilitarizando as zonas de Gaza e Cisjordânia.
Em 2000 foram convocadas novas eleições, nas quais o Likud novamente prevaleceu, elegendo o enigmático Ariel Sharon, que prometera ter punho firme contra os árabes. Realmente, foi tão severo que mandou prender Yasser Arafat por este ser ligado ao terrorismo. Preso e em péssimas condições de saúde, Yasser é mandado em 2004 para a França para receber tratamento médico. Não aguenta e morre em novembro. São convocadas eleições para a ANP, ganhando Mahamu Abbas, do partido Fatah. Assim que Abbas assume, Sharon e ele negociam a desativação dos assentamentos de Gaza, reivindicação principal de Arafat antes de sua morte.
Matéria dada até aqui. Qualquer atualização, faço amanhã antes das 20:00.
Atualmente no poder em Israel: Likud, elegendo novamente Nethanyahu. Na ANP quem lidera é o grupo com braço armado terrorista Hamas.
**As guerras pulam de 1ª guerra árabe-israelense pra 3ª, pois a 2ª envolve outro tipo de conflito, em especial com o Egito, e só vai ser tratado com o F. Mendes depois.
Boas provas!
Plantão terça-feira de física/geografia no prédio azul, de 14 às 19 horas!!!