República Velha - Fim
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República Velha - Fim


Tá, cumprindo o prometido, resumos de história.

A matéria é meio incerta, porque ele sempre diz que é acumulativa (República Velha), mas cobra pontos mais específicos do que ele terminou de dar, ou seja, tenentismo e final da República do Café-com-leite. Até tenentismo tem nos outros resumos. Sobre tenentismo, então.

Vimos que, até 1906, a política brasileira era controlada quase que exclusivamente pela cafeicultura paulista. Em 1906, com um acordo iminente entre os mineiros e os gaúchos para derrubarem SP do poder, os paulistas forjaram uma aliança com os mineiros, isolando os gaúchos da política (de novo). Ao acordo entre SP e MG para o revezamento de poder (a cada 4 anos, um dos dois partidos ocupava a presidência) dá-se o nome de Política do Café-com-Leite. Em 1906, Afonso Pena, mineiro, assume a presidência e começa o revezamento. A sequência, então, foi:


Em 1930, com a Revolução de 30 dos gaúchos, acabou a República Velha e, consequentemente, a política do Café-com-leite. Mas, antes disso, ocorreram revoltas com o objetivo de derrubar o governo, chamadas Revoltas Tenentistas (em 22 e 25) e a Coluna Prestes. Tais revoltas/insurreições foram resultado do movimento tenentista, crescente no exército. Mas o que foi o movimento tenentista? Como diz o nome, foi um movimento entre os jovens tenentes (eram inclusive perseguidos dentro do Exército) que, vendo a situação política caótica (revezamento do poder, corrupção, conluios, etc), começaram a questionar o governo e a se organizarem para tentarem derrubar o presidente. Em 5 de julho de 1922, no Forte da Praia de Copacabana (point da cidade), os tenentes resolveram fazer sua primeira tentativa, esperançosos que conseguiriam apoio popular (dos banhistas) e da mídia (que sempre acompanhava tudo o que acontecia naquela praia). O grupo, formado por 17 tenentes (entre eles os líderes Siqueira Campos e Eduardo Gomes) e 1 civil, saiu do forte e foi ?pregando? suas idéias pela praia, causando impacto e atraindo a mídia. A notícia chegou aos ouvidos do presidente (Epitácio Pessoa), que convocou o exército para acabar com a zorra. Dezesseis do grupo morreram (os líderes conseguiram escapar), no episódio chamado de ?Os dezoito do Forte?. Exatamente três anos depois, em 5 de julho de 1925, os tenentes voltaram à ativa, mas dessa vez bem equipados e com mais pessoas a seu lado. Além da esperada atração da mídia, os tenentes fizeram uma demonstração de força militar que abalou as estruturas da cafeicultura paulista. Um cerco que durou 21 dias deixou muitas mansões (dos Barões do Café) em ruínas. Novamente o governo conseguiu reprimir o movimento, mas via-se que os ideais dos tenentes se alastravam com uma rapidez espantosa. No mesmo ano, em 25, deu-se a marcha final dos tenentes. Liderados pelo tenente gaúcho Luís Carlos Prestes, um grupo formado por militares e civis (mais de 300 pessoas) saiu de Alegrete (RS) com a meta fixa de combater o governo central e derrubar o governo. Por mais de dois anos, a Coluna Prestes (como é chamada), ziguezagueou o Brasil, lutando com o Exército e pregando seus ideais revolucionários. A marcha percorreu diversos estados do Centro-Sul do país, terminando no Planalto Central (a última batalha foi travada numa região perto de onde hoje é Luziânia). Por mais que não tenham conseguido derrubar o governo, colocaram a opinião pública contra toda a situação caótica da política, em especial no interior do Brasil, onde os coronéis dominavam.

Impressionantemente, a cafeicultura agüentou o baque do movimento tenentista. Mas isso somado com a crise de 29 foi demais pra política do café-com-leite. Mas, mestre, o que tem a ver a crise dos EUA de 29 com o poder da cafeicultura? Tudo! A crise de 29 foi uma crise gerada pela euforia de produção que se deu desde o final da 1ª Guerra (19) até 29 (quando se deu a Quebra da Bolsa de NY); tal aumento eufórico na produção foi causado, inicialmente, pela demanda de produtos da Europa pós-guerra, que estava com seu pátio industrial arrasado pela guerra e necessitava de ajuda financeira e de importações de produtos americanos. Com isso, os EUA aumentaram a produção para atender à demanda européia; mas o que os americanos não estavam contando era com a rápida recuperação da Europa, que em 29 já não mais necessitava de tamanha ajuda do Tio Sam. Com a baixa das exportações e com a produção ainda em alta, os estoques das fábricas estavam lotados de produtos. Com o excesso de mercadoria, os preços começaram a cair, assim como o valor das ações. Com todo mundo vendendo as ações que já não valiam quase nada, as empresas começaram a falir ? o que gerou reações em cadeia, resultando no crash da bolsa de Nova York, o coração econômico do mundo capitalista. O mundo ficou de queixo caído ? e de bolsos vazios: exportações em baixa, preços altos, recessão em diversos países, desemprego crescendo... No Brasil não foi diferente: como o Brasil só exportava café (ok, generalizei demais, mas eram uns 90%), e como a cafeicultura tinha o domínio político e econômico, com a crise os EUA (que importavam mais de 90% do nosso café) pararam de importar café e acabaram com o poderio econômico dos Barões do Café.

Ruindo, a cafeicultura paulista resolveu dar um golpe político: quebrando o acordo de revezamento de poder com os mineiros, SP indicou o paulista Júlio Prestes (que não tem nada a ver com Luís Carlos Prestes) para substituir Washington Luís, que já era paulista (o certo seria indicar o mineiro Antônio Carlos de Andrada, mas nada feito). Com a eleição de Júlio Prestes, em 30, os mineiros se uniram aos gaúchos e deram um golpe no governo, tirando a cafeicultura do poder de vez (acaba então a República Velha e se inicia a Era Vargas).

Além dessa matéria, então, cai o que deu nas outras etapas (é República Velha inteira).

Gostaria de ter colocado mais cedo, mas estava sem internet ontem (estou postando do colégio).

Abraços.

Yeeeees! Acabei outro acróstico!




PS: O do Cássio eu posto até umas 5 horas, no máximo, é que eu estou postando da Escola.


PS-2: Sucesso na UnB, George!



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