Último de Filosofia
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Último de Filosofia


Último resumo de filosofia! (ainda vão cansar dessa história de "último resumo"...)
Matéria: parece que ela vai cobrar iluminismo/iluministas, mas já fiz uns 3 resumos falando disso, então nem vem! Que mais que tem? Kant e Críticas ao Estado Burguês.

Ok, Immanuel Kant bem resumido que ainda tem que fazer resumo de artes...

Kant viveu uma vida pacata, nunca saiu de sua cidade, mas foi um dos principais iluministas e precursores da Filosofia contemporânea, especialmente por seus estudos epistemológicos (sobre o conhecimento em si) e por cessar com o contraste entre o racionalismo e o empirismo. Suas principais obras foram: Crítica da razão pura e Crítica da razão prática.

Para Kant, o conteúdo não é algo inato. Ele também não defende o contrário, como os empiristas, que dizem que a razão é adquirida pela experiência. Ele parte do pressuposto de que a razão não se alcança, ela própria é inata. Mas as suas estruturas e conteúdos, esses sim têm de ser adquiridos e se faz isso pela experiência (exceto tempo, espaço e categorias como causalidade, qualidade e quantidade, que servem pra organizar o conhecimento adquirido pela experiência). Com essa tese, Kant arrasa os empiristas e inatistas (racionalistas), quebrando a base dos dois e utilizando argumentos de ambos para fundamentar sua teoria.

A priori... Que diabos é isso? É algo que já se encontra desde o princípio, é inato. Para Kant, a razão e as categorias da razão são a priori, sendo, assim, vazios de conteúdo (como isso ocorre com todos nós, a razão é universal e universalmente inata). Os nossos sentidos nos ajudam a "preencher" as categorias da razão com o conhecimento, que Kant chama de a posteriori (não são inatas, vêm com a experiência e diferem de indivíduo para indivíduo).

Para Kant (3.0), não temos capacidade de conhecer as coisas propriamente ditas, mas sim os fenômenos causados por eles. Revolução Copernicana da Filosofia: não, Copérnico não era exatamente um filósofo. Diz-se que é uma revolução Copernicana, pois Kant fez na filosofia o que Copérnico fez na astronomia: mudou o centro de estudo que antes era o objeto do conhecimento (a coisa) e passou a ser o sujeito do conhecimento (quem aprende, o homem em si): procurou estudar não os objetos em si, mas nossos mecanismos a priori de buscar compreender a realidade externa (resumindo: estudou a razão humana: isso é o próprio conceito de epistemologia).
Sobre as questões morais, Kant dissocia a moral da religião (pois à época, considerava-se moral como sendo a moral cristã, que guiou por séculos o modo de vida da sociedade européia). Ele rejeita a moral cristã, valorizando uma moral laica e totalmente baseada na razão (contrário a Rousseau, que acreditava que a moral baseia-se na emoção). Ele crê que um ateu pode agir de forma moral, pois para Kant, agir moralmente é agir de acordo com a razão. Diz que a ação é moral quando regida por imperativos categóricos, os quais são absolutos e incondicionais (são noções de conduta já "inseridas" na razão, que guiam a ação de forma moral).

Assim como a razão, as leis morais são universais e toda ação deve ser feita "de tal modo que a máxima de sua ação possa sempre valer como princípio universal de conduta", ou seja, sempre aja de tal forma que sua ação seja moralmente aceita quando feita por qualquer pessoa, em qualquer lugar, em qualquer circunstância. Exemplo rápido: provavelmente Kant julgaria errado jogar lixo na rua, pois se você levar isso ao máximo é também errado jogar 1 tonelada de lixo na porta da sua casa (é aquela velha frase de professora de jardim: não faça com o coleguinha o que você não gostaria que ele fizesse com você... é tipo isso!). Também a ação moral deve ser pautada num objetivo (numa finalidade) ou na liberdade de cada um e não pela obrigação ou necessidade de se fazer algo.

Por mais que não creia na moral cristã, Kant considera necessária a crença na existência de Deus, mesmo que não haja meios científicos ou racionais de prová-la.
Ontologia = nova metafísica, que não deveria se preocupar em estudar "o Ser enquanto ser, nem Deus, nem alma". Deveria estudar as condições universais e necessárias da objetividade em geral (ou seja, algo mais próximo da razão humana e com aplicação prática na vida das pessoas).
Para Kant... (chega!)


Críticas ao Estado Liberal Burguês
Nessa matéria aposto que muita gente boiou, até porque foi meio inusitado falar de uma coisa praticamente só de história sendo que a gente passou o resto do semestre vendo iluminismo e pensadores específicos. Enfim, sabe-se lá de onde surgiu essa matéria... não é difícil não, relaxa.

Fato: ocorreram revoluções burguesas na Europa que colocaram a burguesia no poder de Estado, correto? Então. É fato também que, sempre no início dessas revoluções, a burguesia contava com o apoio das massas populares para tomar o poder, mas, chegando ao poder, desprezaram as vontades populares, correto? Até aí tudo bem. Veio então a revolução industrial e o processo de industrialização espalhou-se pela Europa, ajudando mais ainda a burguesia a se manter no poder. E as massas? Cada vez piorando de vida: fomes, desemprego, péssimas condições de trabalho. Estão vendo aonde quero chegar? Ao próprio título da aula: com a crescente desigualdade entre a burguesia e a massa trabalhadora, surgiram movimentos filosóficos e sociais contrários ao Estado Liberal Burguês e ao Capitalismo cada vez mais selvagem. Propostas? Várias: aumento da participação política (sufrágio universal = voto de todos), descentralização de poder (mais autonomia às províncias), melhorias nas condições de trabalho, etc. E como nem sempre pedir com educação é eficaz, os trabalhadores se revoltaram, inúmeras vezes. Cabe lembrar que isso acontecera mesmo antes da consolidação desse Estado: em 1786, por exemplo, houve a Conspiração dos Iguais, na França, liderada pelo socialista Babeuf, num estágio Pré-Revolução Francesa. Vieram, depois, as várias revoltas do século XIX, com as revoluções de 20 e de 30, por exemplo (matéria do Cássio); mas as revoltas foram ficando mais evidentes a partir de 1848 (Primavera dos Povos), com o Manifesto Comunista (de Marx e Engels, comunistas imbecis!). Em 1864, por exemplo, houve a Primeira Internacional, com Marx, Engels e Bakunin (anarquista desgraçado!).

As revoltas em si, nós veremos em história. Vejamos, agora, os ideais filosóficos que surgiram para criticar as condições geradas pela Revolução Industrial e pelo Capitalismo:

a) Socialistas Utópicos: idealizavam uma sociedade perfeita sem luta de classes, sem necessidade de revolução para mudar a ordem social. A nomenclatura foi dada por Marx que, por se achar tanto, acreditava que os outros eram muito ingênuos para conseguirem mudar alguma coisa. Principais filósofos:
  • Saint-Simon: participou da Rev. Francesa, propondo uma reestruturação da sociedade, aonde os sábios e artistas governariam os proprietários e os que não tinham posse (trabalhadores). Repare que ele não menciona militares nobreza ou clero pois ele acreditava que esses "ociosos" só traziam desigualdade e prejuízo.
  • Charles Fourier: acreditava na bondade do homem (Rousseau) e pensava numa sociedade dividida em falanstérios - grandes propriedades com produção coletiva agro-industrial.
  • Robert Owen: buscava a igualdade absoluta, através da educação/instrução de qualidade para toda a sociedade, garantindo maior produtividade e igualdade de direitos e deveres.

b) Socialistas científicos: em especial, Marx (à direita - não é Papai Noel nem Santa Klauss)
e Engels. Seu lema era o de revolta social para acabar com o capitalismo e implantar o seu sistema, que julgavam perfeito (imbecis!): o socialismo. O marxismo é justamente essa visão de que a mudança da sociedade começa com a revolta dos oprimidos (proletariado) contra os opressores. Acho que não precisa falar tanto assim de Marx porque tem no resumo de sociologia. Só esclarecendo as influências de Hegel em Marx (porque o Emiliano não se lembra se deu o não deu o Hegel. Talvez por ter vivido na época da ditadura, não? - ah, pra quem não entendeu, relaxa, é interna do 2°F). Hegel dizia que a sociedade sempre vai ter duas forças operantes e distintas que se confrontam: a tese, a antítese (desigualdade entre opressores e oprimidos, por exemplo) e a síntese (que é a junção de tese e antítese, excluindo elementos de ambos). A essa teoria, chamamos DIALÉTICA. Marx acredita que a dialética, por mais que exista, deve ser reduzida ao máximo: quando a sociedade estiver livre de conflito, os seres humanos poderão, finalmente, tomar seu destino em suas próprias mãos. Para Hegel, a realidade é algo espiritual (mundo das idéias), de pensamento; Marx crê no contrário, que a realidade é material. Daí temos o MATERIALISMO DIALÉTICO de Marx.
Tem alguns conceitos nos slides da Paula, como por exemplo meios de produção, luta de classes, alienação, ideologia, mais-valia, revolução socialista, infra e super-estrutura. Como tem vários desses em sociologia, vou encurtar:
  • Infra-estrutura: condições socioeconômicas da sociedade (que movem toda a realidade da mesma sociedade)
  • Superestrutura: política, direito, idelogia e cultura (conjunto de valores e ações morais da sociedade). Para Marx, a infra-estrutura determina a superestrutura.
  • Ideologia: conjunto de pensamentos criados pelas classes dominantes para "acalmar" o ânimo revolucionário do povo. Exemplo: religião (Marx diz que "a religião é o ópio do povo").

Então, é isso, segundo ano! Boas provas!





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