Último de Filosofia
Casa dos Resumos

Último de Filosofia


A prova engloba uma parte da matéria passada (falando brevemente sobre Iluministas, Rousseau e Kant) e uma parte da matéria nova (Nietzsche ? e não, ele não deu o Hegel em todas as turmas, então ele não vai cobrar o Hegel de vocês).

Sobre Iluminismo, basta saber os aspectos principais: que era uma corrente ideológica do século XVI que inspirou Revoluções como a Americana e a Francesa, que foi diretamente influenciada pelo Liberalismo de Locke (direitos naturais e liberdades do indivíduo em relação ao governo, que deve representar os interesses da burguesia), que teve como principais expoentes os franceses Voltaire, Montesquieu e Rousseau e, principalmente, que se pautava na supremacia da razão em detrimento das emoções e das crenças (religiosas e políticas) vigentes na época. Sobre os iluministas:


A parte de Kant é retirada do último resumo, com algumas correções e acréscimos.
O filósofo alemão Immanuel Kant (1724 ? 1804) criticou as duas correntes filosóficas contrastantes da época, o racionalismo cartesiano (Descartes) e o empirismo de Locke e Hume. Em linhas gerais:

Kant quebra com essa dicotomia (diferença teórica) e elabora sua teoria, abarcando pontos dos dois lados:

  1. A razão é uma estrutura vazia (razão pura) que, sem a experiência, não serve de nada. A razão é como uma estante, composta de prateleiras (categorias como causalidade, finalidade, quantidade, veracidade...) que devem ser preenchidas com o conhecimento.
  2. O conhecimento racional é o resultado da transformação da realidade orgânica (natureza em si, também chamado de conhecimento empírico) pelo uso da razão, no decorrer das experiências.
  3. A razão é universal e a priori (igual para todos e ?inicial?, ou seja, está desde o princípio da formação do conhecimento e é ferramenta essencial para tal) e a experiência é individual e a posteriori (única e ?posterior?, ou seja, vem com o tempo e com a vivência), sendo a experiência o que define cada ser humano.
  4. O limite do saber racional está na existência, ou seja, só se pode alcançar o conhecimento (pela razão) sobre um objeto se este existir no mundo dos fenômenos (ou mundo sensorial). Daí a importância que Kant dá para a crença religiosa: o que o saber racional não alcança, ou seja, o mundo transcendental, pode ser ?compreendido? através da vida espiritual/ meditação.
  5. Revolução Copernicana na Filosofia: assim como Copérnico na astronomia (trouxe a teoria heliocêntrica ? Sol, ao invés da Terra, no centro), Kant trouxe o sujeito para o centro do estudo, com o objeto de estudo ?ao redor? dele. (Félix, num entendi nada, explica de novo? Explico.) Antes, o objeto ficava no centro do estudo e o sujeito (o filósofo) rodeava o objeto, estudando-o por todos seus ângulos (sendo assim, não há nada que a razão não explica ? não há mundo transcendental). Com Kant, o sujeito é levado para o centro, com o objeto rodeando-o (ou seja, não necessariamente o sujeito consegue abordar o objeto por todos os ângulos, dando margem ao mundo que a razão não explica ? o mundo transcendental (ou numênico).
  6. Moral: para Kant, algo assume valor moral não quando é feito para benefício próprio ou de outrem, mas quando assume caráter racional. Ou seja, é moral toda ação que é feita baseada em conhecimento racional, em detrimento da vontade própria ou do livre arbítrio. Por exemplo: atos de caridade, por mais que tenham um objetivo nobre, não têm valor moral (por se basearem puramente na caridade ? impulso sentimental, e não num princípio racional ou empírico). [Para ficar mais claro, recomendo lerem o texto de Kant da prova passada de filosofia ? questão 3]



Agora, matéria nova: Nietzsche, o ?filósofo? bigodudo que ?matou? Deus

O entendimento das teorias de Nietzsche é mais facilmente compreendido depois de alguns baseados, então simbora. Nietzsche, que veio de uma família protestante (o pai era uma pastor ? e aposto que nem ao menos fazia idéia de como se escrevia o nome do filho) da Alemanha, passou grande parte de sua vida num alojamento de monges no interior da Alemanha (onde gostava de ir passear pelas montanhas e jardins com seu amigo Hélio Justino). Revoltado com a religião dos pais e com quase todas as correntes filosóficas (menos Schopenhauer, outro revoltado de quem sofreu muita influência), ele escreveu diversas obras, nas quais defende suas teorias. Entre as obras, destacam-se:

  1. ?Assim falou Zaratustra? (é inclusive encenada hoje em dia);
  2. ?O nascimento da tragédia? (fala do teatro e duas origens, em especial da tragédia grega, a qual o influenciou muito);
  3. ?Humano demasiado humano? (aí já começa a viajar);
  4. ?Além do bem e do mal? (aí já tava doidão mesmo);
  5. ?A Gaia ciência?;
  6. "A Genealogia da Moral? (fala dos valores morais, que acredita serem falsos, que regem a sociedade moderna);
  7. ?O Crepúsculo dos Ídolos? (bendito livro que temos que ler pro PAS), entre outros.

Suas principais características são sua crítica constante a todos os valores impostos, escrevendo de forma provocativa contra a sociedade e as ideologias modernas. Diz ele que a filosofia tem como objetivo a libertação do ser humano, libertação especialmente das crenças que o regem. Preocupa-se com a autenticidade da reflexão (para ele, o filósofo tem que ser autêntico ? não pode forjar ideologias, estas têm de ser as verdadeiras reflexões do filósofo) e com o destino da humanidade e sua cultura.

Sua crítica não se limita ao campo filosófico, mas ele entra nos campos da ciência, da política, da ética, da moral... Tudo isso para denunciar os valores que nos aprisionam a uma moralidade forjada e falsa. Nietzsche diz que toda moralidade dos tempos modernos é pura vulgarização e deturpação dos verdadeiros valores metafísicos e religiosos.

É contra o igualitarismo socialista e liberalista (liberdade, para Nietzsche, é a criação de uma uniformidade cultural, resultante de manipulação pelas classes dominantes ? formadoras de opinião), acusando as tentativas de padronização de valores como aprisionamento das liberdades individuais e coletivas de cada povo. Todas as religiões se encaixam nessas tentativas de manipulação ? daí o motivo dado por ele para se tornar ateu/ateísta (para ele, assim como para Schopenhauer, não há Deus nem alma imortal).

A vida, para Nietzsche, é algo sem sentido (pois ele não considera a idéia de uma vida após a morte). Além de sem sentido, a vida é feita de sofrimento e luta, baseada em forças irracionais (nossas vontades e instintos). Contrário a Platão, que dizia existirem dois mundos ? o das coisas e o das idéias ? e que o objetivo da filosofia era alcançar o mundo das idéias, Nietzsche afirma que a realidade é puramente formada pelo mundo material (das coisas, sensível). Sendo assim, a vida deve ser vivida ao máximo.

Mas, mestre, como fazer isso se a vida não tem sentido nem existe vida após a morte? Hahá! Aí é que tá! Ele bola uma nova moral ? pegaram a idéia?! A nova moral de Nietzsche é uma negação da moral Greco-judaico-cristã, que, de acordo com ele, só nos priva de vivermos a vida ao máximo. A nova moral, então, é baseada no principio natural de que o mais forte ganha do mais fraco, de que os competentes imperam sobre os incompetentes. Daí o necessidade de ser competentes, de ser o mais forte: vencer na vida (contrariando os ?moralistas? como Sócrates e Cristo, que são em prol dos mais fracos e oprimidos).

A nova moral, agora então desprovida de religiosidade e transcendentalismo, deve ser do homem e virada a vida humana. Daí a elaboração do ideal do super-homem (afirmação da vida humana, das vontades do homem e da superação das adversidades da vida).

Sem acrósticos dessa vez, que o negócio tem que ser rápido.

Abraços e boas provas!

Artes e Literatura eu vou colocando à medida que ficarem prontos. (artes eu devo colocar só de noite ;S)




loading...

- Filosofia Existencialista - Kierkegaard E Nietzsche
Kierkegaard ? Contestou a supremacia da razão como único instrumento capaz de estabelecer a verdade. ? Para o filósofo, além da pura materialidade, somos seres transcendentais. A felicidade, o amor, a fé são partes de nós. ? A existência humana...

- Último De Filosofia
Último resumo de filosofia! (ainda vão cansar dessa história de "último resumo"...) Matéria: parece que ela vai cobrar iluminismo/iluministas, mas já fiz uns 3 resumos falando disso, então nem vem! Que mais que tem? Kant e Críticas ao Estado Burguês....

- Iluminismo E Iluministas
A parte de Iluminismo foi retirada do último resumo: Iluminismo Filosofia das Luzes, Ilustração (ou Ilustracionismo) ou Iluminismo foi um movimento filosófico do século XVII que influenciou muito a Revolução Francesa e os processos de Independência...

- A Filosofia Moral Em Kant
A moral procura definir o que se deve fazer, o que deve acontecer. Neste aspecto distingue-se do conhecimento cujas leis determinam universalmente o que é ou o que acontece. Kant procurou demonstrar que era possível formular para a moral leis universais...

- Nietzshe
Abaixo segue um resumo geral de Nietzsche (e, dentro dele, passagens e as principais idéias de Crepúsculo dos Ídolos, que vocês deveriam preferencialmente ler). Desculpem-me por não postar nada de Heidegger, Frankfurt e outros temas de filosofia....



Casa dos Resumos








.